De acordo com o superintendente de Atenção à Saúde, Juliano Gevaerd, a única forma de aumentar as chances de cura do câncer de próstata é diagnosticando logo no início da doença. “Atualmente, cerca de 25% dos casos levam à morte pois são descobertos já em estágios avançados. A recomendação é fazer uma visita anual ao urologista a partir dos 50 anos, ou a partir dos 45 se tiver fatores de risco”, destaca.
O histórico familiar de câncer de próstata, principalmente em parentes de primeiro grau (pai e irmão), a obesidade, o tabagismo, o consumo de álcool em excesso e o sedentarismo são fatores de risco para o desenvolvimento da doença. A incidência também é maior em homens negros, que devem fazer os exames anualmente a partir dos 45 anos.
O coordenador estadual da Saúde do Homem, Rubens Bendlin, explica que a doença dificilmente vai apresentar sintomas quando ainda está na fase inicial, por isso é necessário fazer os exames. “Vontade de urinar com frequência, dor ao urinar, sangue no sêmen ou na urina e dor óssea são sintomas que surgem já na fase avançada do câncer”, fala.
Um dos principais exames para detecção é o PSA (antígeno prostático específico), que avalia a quantidade da proteína produzida pela próstata e, geralmente, quando a doença atinge essas glândulas esses níveis são aumentados. Cerca de 20% dos pacientes têm o câncer diagnosticado apenas com o exame do toque retal, que avalia o tamanho, a forma e a textura da próstata, o que permite detectar a presença de nódulos.
Os exames estão disponíveis na rede pública de saúde durante todo o ano. Para receber atendimento gratuito é necessário buscar a unidade de saúde mais próxima da sua residência. “Além da consulta médica regular, o cuidado com a saúde começa com a prevenção. Por isso, incentivamos uma alimentação saudável, a prática de atividades físicas e a manutenção de uma boa saúde emocional”, ressalta Gevaerd.