Políticas públicas de ciclomobilidade autoguiada sinalizada
Existem diferenças no tratamento entre as bicicletas e outros modais de transporte no Brasil. É necessário, portanto, priorizar as políticas públicas de ciclomobilidade autoguiada através de ações que possam mitigar as externalidades decorrentes do uso desmedido dos veículos motorizados individuais no espaço urbano brasileiro.
A ciclomobilidade deve ser entendida como uma alternativa inteligente de mobilidade urbana sustentável, ambientalmente responsável, econômica e acessível às distintas classes sociais e faixas etárias. O uso da bicicleta é mais ágil e menos caro que outras opções de transporte, além de contribuir com um espaço urbano mais saudável e benéfico à cidade.
Política pública, comumente referida no plural: políticas públicas, é uma concepção institucionalizada para a solução de problemas públicos que afetam uma coletividade.
Contudo, para que isso se concretize é fundamental elegermos representantes políticos comprometidos com políticas públicas de ciclomobilidade autoguiada.
Porém, é necessário qualificar as áreas destinadas ao deslocamento e ao lazer público junto a zonas de comércio, ofertando peatonais, paraciclos, calçadões e largos públicos que incentivem a circulação de pessoas e, consequentemente, repercuta no incremento da disposição ao consumo de bens e serviços. Isso não requer grandes investimentos e ainda pode gerar renda às comunidades capacitadas.
É preciso incentivar as empresas a investirem em estruturas viáveis tanto para estacionar as bicicletas, quanto para disponibilizar vestiários adequados para higiene e troca de roupas de ciclistas e pedestres que trabalhem em tais empreendimentos.
Isentar impostos sobre os produtos do mercado de bicicletas para que as empresas nacionais possam investir em melhorias técnicas no seu desenvolvimento, assim fazendo chegar aos lojistas bicicletas com melhor custo-benefício, fabricadas no Brasil e ainda gerando emprego e renda para os brasileiros.
Bicicleta é um veículo e como tal deve ser conduzido, por isso as políticas públicas de ciclomobilidade autoguiada são fundamentais para o bom fluxo das rotas cicloviárias.
Esses caminhos devem ser basicamente estruturados e autoguiados com sinalização de identificação diretiva, alertas, conscientização e informação, tais como nas ciclorrotas, ciclovias e ciclofaixas, os quais, interligados, podem gerar uma rede interconectada entre cidades e zona rural, estimulando assim uma das práticas de turismo que mais cresce no mundo: o cicloturismo.
A cultura da mobilidade ativa deve começar a ser estimulada nas crianças e jovens que chegariam de bicicleta nas escolas com mais segurança, aprendendo desde muito cedo a exercer a cidadania e a participação na construção de uma cidade mais bonita e saudável.
Ao investir em políticas públicas de ciclomobilidade autoguiada, estaremos dedicando especial atenção a várias demandas sociais:
Não existe falta de recursos, o que falta são projetos e representantes inteligentes para priorizar essa pauta.