Rotas de cicloturismo não são ciclorrotas
Antes de mais nada, é importante frisar que rotas de cicloturismo não são ciclorrotas. Esse é um tema recorrente que precisávamos dispensar um tempo para refletir, devido as inúmeras “ciclorrotas” que estão surgindo no país, visando o desenvolvimento de caminhos turísticos e cicloturísticos.
Cicloturismo é turismo de bicicleta
Atualmente, no Brasil, temos o equivocado costume de usar palavras que não correspondem ao significado que queremos dar a um pensamento. É o caso do termo sustentabilidade, por exemplo, que usamos para tudo, mas poucas pessoas sabem realmente o que significa.
Ciclorrotas não são caminhos recreativos
Portanto, é importante esclarecer que ciclorrotas não se referem a caminhos recreativos destinados ao cicloturismo. Então, não vamos dar uma de Odorico Paraguaçu inventando uso para palavras que não correspondem ao seu significado. Tal qual, temos presenciado em diversas situações, rotas de cicloturismo não devem ser confundidas com ciclorrotas. Afinal, rotas de cicloturismo não são ciclorrotas.
Então, o que é uma Ciclorrota?
Resumindo, as ciclorrotas são rotas urbanas, que visam a orientação e segurança de ciclistas, que indicam as vias mais adequadas para o trânsito de bicicletas. Assim como, estas rotas são devidamente mais seguros que as demais, onde os ciclistas possam andar na via, que é o seu lugar de direito.
Qual o objetivo de uma ciclorrota?
Em síntese, o objetivo de uma ciclorrota é promover a integração entre os veículos motorizados e não motorizados, incentivando assim a mobilidade urbana sustentável. E, invariavelmente, as ciclorrotas são caminhos compartilhados com indicações de tráfego calmo que informem aos condutores de veículos automotores que há ciclistas na via, e por consequência, há risco à vida. Logo, rotas de cicloturismo não são ciclorrotas!
Imagem ilustrativa e explicativa do que é uma ciclorrota.
Rotas de cicloturismo não são ciclorrotas.
Então, pessoal, colaboraremos para que os termos que contribuem com uma cidade mais humana sejam aplicados onde realmente são necessários e urgentes. Ao mesmo tempo, que o destino cicloturístico não seja estigmatizado por essa difusão amadora e pouco inteligente.
A vida de ciclistas agradece. E nós, também!
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© Lobi Ciclotur