Entendemos que a escolha pela bicicleta possa refletir, na grande maioria das vezes, um tipo de pensar que envolve o ciclista e sua parceira dos caminhos. Cremos que se trata de um conjunto de características, inatas ou adquiridas, que se desenvolvem quanto mais a relação entre usuário e bicicleta se sintoniza. A bicicleta é um veículo inteligente, mas nós temos que fazer esta escolha de forma consciente, todos os dias. O cicloturismo é a maneira de laser ativo inteligente.
Vamos tentar refletir a respeito de algumas possibilidades sobre o modo de pensar de quem usa bicicleta.
Ao que nos parece, e assim preferimos pensar, ciclistas são indivíduos dotados de uma capacidade de interpretação (congênita ou desenvolvida) que os permite discernir a realidade que os cerca enquanto elementos dela mesma. Sendo assim, seja nos meandros urbanos ou nos desafiadores singletracks, os (as) ciclistas tendem a compreender habilmente sua interação com o meio e os impactos de sua presença neste espaço, no tempo presente e de forma sustentável. A destreza é inerente à experiência contumaz, porque pela lógica não é apenas o “hábito que faz o monge”, mas sim a sua persistência em querer ser melhor a cada momento. Portanto, inteligência também é composta de persistência e disciplina, e disso, os ciclistas e cicloturistas sabem muito bem.
Lobi Ciclotur
Por Therbio Felipe M. Cezar
