Cicloturismo em Porto Alegre

É fato que uma cidade com bicicletas é muito mais bonita, atrativa e alegre do que aquelas que não possibilitam a sua fruição no espaço.

E é nesta perspectiva que a capital dos gaúchos passa, aos poucos, a oferecer condições para um tipo de lazer ativo diferenciado, configurado como Cicloturismo em Porto Alegre.

A nova Orla do Guaíba, um projeto do renomado arquiteto Jaime Lerner, está mudando a cara e conteúdo de um dos mais valorosos e reconhecidos cartões postais do Rio Grande do Sul. Esta obra é mais um convite a fazer Cicloturismo em Porto Alegre, ainda que com referencial urbano.

Ali, no Parque Moacyr Scliar (homenagem póstuma ao médico e escritor gaúcho), ou como se convencionou chamar, Parque do Gasômetro, pode-se iniciar uma pedalada que vai em direção à zona sul da capital, passando por toda extensão do referido parque, por restaurantes e bares, quadras esportivas e mirantes, além do Parque Marinha do Brasil, valendo-se de uma ciclovia que está dando o que falar, de dia ou à noite.

  

Assim, chega-se até o bairro Tristeza, num passeio de bicicleta cuja quilometragem, ida e volta, não ultrapassa os 14km, mirando o Guaíba, que é um Lago, ao contrário do que se pensa, como já anotava August Saint-Hilaire, em 1820.

Mas, o Cicloturismo em Porto Alegre é muito mais que um passeio diletante pela revitalizada Orla do Lago Guaíba. Uma das boas alternativas para quem só está acostumado a pedalar na referida orla é tomar o serviço de Catamarã, saindo do Cais Mauá, no centro, ou do Pier do Barra Shopping, por um valor irrisório de R$ 10,70.

Em torno de 30 minutos de navegação se está na cidade de Guaíba, um dos berços da Revolução Farroupilha, cujo nome, em tupi-guarani, quer dizer “encontro das águas”, ora vejam só.

Importante ressaltar que o serviço de Catamarã ofertado pela empresa CATSUL é de primeiro mundo. Ambiente climatizado, tripulação fiscalizada pela Marinha do Brasil, muito eficiente e educada.

A embarcação, além do conforto de um bi-casco, oferece toda a segurança para uma travessia a, no máximo, 24 nós (45km/h).

Desembarcando na Hidroviária de Guaíba, se possível, não deixe de visitar a casa de Gomes Jardim (Presidente da República Rio-Grandense quando Bento Gonçalves foi preso, antiga sede da Fazenda Pedras Brancas, onde o revolucionário viveu seus últimos dias.  A taxa de visitação é de R$ 3,00), a Casa Rosa (na qual a Princesa Isabel se hospedou ao visitar o Sul), e aproveite para almoçar um bom prato de peixe com camarão no Restaurante Caisinho, ali na Avenida João Pessoa, com vista para o Guaíba.

Se quiser seguir a pedalada, vá pela Estrada Real em direção à Barra do Ribeiro – num trecho, em torno de 60 km ida e volta. (não se aconselha pedalar por este trecho entre as 10h e as 17h no verão), sem estrutura de apoio por aproximadamente 30 km – onde as frondosas e exuberantes figueiras centenárias e a calmaria à beira de uma das praias da Laguna dos Patos são excelente companhia. Recomendável levar água a mais para realizar este trajeto.

E já no município de Barra do Ribeiro, a Fábrica de Gaiteiros, do renomado músico Renato Borghetti, é um lugar onde a cultura e o sonho reservam grandes surpresas. Lá também é possível banhar-se nas praias da Picada, Praia Canto da Mulata entre outras praias, algumas desertas.

Então, muitos são os motivos para fazer Cicloturismo em Porto Alegre, basta ter vontade de sair do trivial a fim de conhecer mais do que possa parecer.

O Lobo está na trilha.

Catamarã CATSUL – Clique aqui para acessar o site
Fábrica de Gaiteiros – R. Júlio de Castilhos, 1120 – Centro – Barra do Ribeiro. Fone: 51 3335 – 1824 / 51 98128-7116

Texto. Therbio Felipe M. Cezar – Equipe Lobi Ciclotur 

Gostou? Compartilhe!

Picture of Lobi Ciclotur
Lobi Ciclotur
Oi, eu sou o LOBi! Estou aqui para aliar natureza e caminhos alternativos para você e sua família descobrirem o mundo do ponto de vista da bicicleta.

Deixe um comentário