Estudando a História de Curitiba em passeios de bicicletas

Estudantes das escolas municipais Eny Caldeira e CEI Doutel de Andrade participaram nesta quarta-feira (29), aniversário de Curitiba, da aula magna sobre a história da cidade. Esta foi a primeira atividade do Linhas do Conhecimento: Conhecimento em Linhas, programa de ampliação cultural a partir do currículo da educação básica na rede municipal. “Vou dar a primeira aula desse programa de amor a Curitiba”, disse o prefeito antes de entrar na Catedral Basílica, local do evento.

Greca lança Conhecimento em Linhas em aula sobre a história de Curitiba para alunos da rede municipal, na Catedral. Curitiba, 29/03/2017 Foto:Joel Rocha/SMCS
Logo que chegaram à catedral, as 183 crianças demonstraram surpresa e espanto com a grandiosidade da construção. O prefeito Rafael Greca e os estudantes foram recebidos pelo cônego Élio José Dall’Agnol. Durante a breve aula e sem usar microfone, Greca explicou aos estudantes que no local onde a catedral foi construída reuniram-se as 17 famílias dos fundadores de Curitiba. “Eles fundaram a Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba”, lembrou o prefeito, que também contou às crianças que a catedral foi feita no século 19, entre 1875 e 1891.

“Queremos que nossas crianças aprendam a história de Curitiba, a importância das profissões. Um dia, quando vocês tiverem uma profissão, tiverem os seus filhos, as suas famílias, vocês vão voltar aqui e vão lembrar deste dia, o dia em que conheceram a história de Curitiba. Aqui está a nossa história”, completou ao destacar que a cidade é formada por pessoas de diferentes etnias. “Mais recentemente, temos também os haitianos. Curitiba é a terra de todas as gentes”, completou.

Depois da aula do prefeito, os estudantes assistiram a uma apresentação da Camerata Antiqua, sob a regência de Mara Campos, que aproveitou a oportunidade para explicar como funciona o grupo e falar das canções interpretadas. O grupo musical da Prefeitura de Curitiba, constituído por coro e orquestra, existe há 43 anos e é um símbolo musical da cidade. “O Linhas do Conhecimento: Conhecimento em Linhas é também um projeto de formação de plateia para que nossas crianças tenham ouvido cada vez mais harmonizado. É preciso compartilhar isso, pois o que não se compartilha, se perde”, disse o prefeito.

A catedral foi escolhida para a primeira atividade do Conhecimento em Linhas por estar no marco zero da cidade, pela importância histórica na construção e pela contribuição da igreja na formação e educação dos primeiros habitantes. “Dentro do grande programa da Prefeitura chamado Linhas do Conhecimento, a Secretaria da Educação promove o Conhecimento em Linhas, que parte do currículo. A ecologia da sala de aula não se limita ao espaço territorial chamado sala de aula. O currículo que se vive na escola permite muitas possibilidades”, disse a secretária da Educação, Maria Silvia Bacila.

Os estudantes poderão estudar dentro da escola (de forma virtual) ou em um passeio de ônibus, bicicleta ou a pé. Curitiba, 29/03/2017 Foto:Joel Rocha/SMCS

O que é o programa

O Linhas do Conhecimento: Conhecimento em Linhas propõe a ampliação cultural a partir do currículo da educação básica na rede municipal de ensino. É um programa intersetorial (envolvendo várias secretarias) que prevê, até 2020, a criação de sete linhas, conforme a adesão de outras secretarias: linhas do Cuidado, da Vida, da Arte, da Ecologia, do Movimento, do Urbanismo, do Turismo, todas associadas à sustentabilidade e à cultura digital.

A meta é expandir as possibilidades de trabalhar temas do currículo, com aulas de campo presenciais e à distância, no entorno e na região da unidade, além de conteúdos que possam ser explorados no ambiente virtual de aprendizagem.

As aulas de campo (de rota ou locais) terão a análise, orientação e o acompanhamento de equipes do núcleos regionais de ensino e da Secretaria da Educação, a partir do currículo de cada turma.

“Vemos possibilidades de ampliar o conteúdo visto em sala de aula em diversas áreas: na cultura, no abastecimento, no turismo, no urbanismo. Vamos dar as condições para que os professores possam enriquecer o ensino com encaminhamentos do Conhecimento em Linhas”, explicou a professora Juciele Loeper, uma das coordenadoras do programa.

Para isso, estão sendo elaborados diversos materiais para os encaminhamentos pedagógicos, antes, durante e após a aula de campo. Os relatos dos professores a partir de cada experiência poderão ser compartilhados no ambiente virtual, valorizando o espaço urbano e desenvolvendo atitudes sustentáveis e o sentimento de pertencimento.

Os professores contarão com conteúdo on-line e haverá formação específica, voltada às atividades do Conhecimento em Linhas. O programa é também multimodal. As propostas podem ser executadas dentro da escola (de forma virtual) ou em um passeio de ônibus, bicicleta ou a pé.

A escolha das atividades aplicadas para cada novo conteúdo ficará por conta do professor, a partir da sua realidade, valorizando os aspectos de cada região da cidade. Haverá suporte de pedagogos, que atuarão em cada núcleo regional de ensino. “Queremos que as nossas crianças e os nossos professores se sintam pertencentes ao bairro onde moram, à comunidade na qual estão inseridos. Nosso objetivo é que todos valorizem a cidade”, explicou Juciele.

Entre os espaços que serão explorados estão bibliotecas, casas de leitura, faróis do saber, espaços culturais nas regionais, museus, parques, bosques, teatros, centro histórico. As escolas participantes do Conhecimento em Linhas receberão um selo de participação.

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