Acesso a cachoeira do Perau. Foto Valmir Singh |
Uma dessas maravilhas é o Buraco do Padre. O nome do local está ligado à história dos Padres Jesuítas que lá meditavam. O Buraco do Padre é uma furna que apresenta em seu interior uma imponente cascata de 30m, formada pelo Rio Quebra Perna. Trata-se de uma espécie de anfiteatro subterrâneo. Para acesso à furna é necessário percorrer uma trilha fácil de 1km com presença de obstáculos naturais.
Para chegar lá de bicicleta, existem várias rotas. A escolha fica por conta do tipo de pedal que cada grupo de ciclista deseja realizar. Umas das opções mais práticas que encontramos para pedalar com o grupo de ciclistas B&B Cicloturismo, é através da Rodovia do Talco (PR 513) mais precisamente no km14. A partir do Campus Uvaranas da UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa) percorrer cerca de 16 km e logo virar à direita numa estrada de chão, onde levará até o Kaffee Loch e Adega Porto Brazos. Lá você poderá estacionar e se preparar para o pedal, pois é aí que tudo começa.
Na Adega Porto Brazos você poderá degustar de vinhos, apreciar um bom café, bem como panquecas, paella de porco, frango e frutos de mar, Chopp e licor de amora entre tantas outras da alta gastronomia local. Melhor deixar pra volta, mas antes faça a sua reserva e combine o horário com a administração do local.
Aqueça e prepara-se para andar os primeiros 6 km de estrada de chão até o Buraco do Padre, que localiza-se na Região de Itaiacoca e é uma Unidade de Conservação, não é permitido acampar neste recinto.
No ano de 2005, passou a integrar o então criado Parque Nacional dos Campos Gerais.
Horário de Visitação: quarta-feira à domingo e feriados das 9hs às 17hs.
Saída obrigatória de visitantes: até 19hs
Ingresso de entrada diretamente na guarita do Parque
Valor por pessoa: R$ 16,00
Meia entrada para estudantes (somente mediante apresentação de carteirinha), crianças (de até 6 anos) e idosos (acima de 60 anos): R$ 8,00
Terminada a visita ao Buraco do Padre, seguimos em direção a Cachoeira da Mariquinha.
A Cachoeira da Mariquinha é uma Unidade de Conservação localizada a aproximadamente 25 quilômetros do Buraco do Padre. No percurso de acesso, a trilha é ladeada por formações de arenito e capões de mata nativa.
Cachoeira da Mariquinha. Foto Valmir Singh |
Aos pés da sua cascata de 30 metros de altura, forma-se um balneário de rara beleza. Um espaço para aqueles que buscam um contato harmonioso com a natureza, sendo um local ideal para acampamentos e caminhadas nas trilhas pela mata nativa da região.
Para chegar lá você enfrentará estradões com longas subidas e descidas, faz parte. O trecho para adentrar na cachoeira termina em uma trilha extremamente pesada, um single track, quase impossível de fazer de bike, então empurre a bike e siga em frente. Ou deixe alguém cuidando as bikes na entrada da trilha e ande a pé até cachoeira. No caminho você encontra pegadas do amigável Lobo Guará, o nosso lobo brasileiro, um típico aventureiros das trilhas.
Entrada: R$ 10,00 o dia, para acampamento R$ 20,00
Horário: 8h às 20h
Depois de curtir esta linda cachoeira, mais estradões com paredões para enfrentar. Bovinos, corujas, carcarás, entre outros animais silvestres. Parece até um sinal verde dos bichos para mostrar que lá é o lugar deles, um grito de respeito para mostrar a importância de cuidar da fauna da região.
Campos Gerais. Foto Valmir Singh |
Quase terminando o pedal no Passo do Pupo, indicamos parar no Bar da Nara, uma simpática senhora que vende conservas, paçocas caseiras, frango assado, linguiças artesanais e mais uma diversidade de comidas excelentes. No Bar da Nara, tem apoio para ciclistas, além de um tratamento vip peculiar de pessoas do interior, porém com uma caraterística muito amistosa e receptiva.
Esta região é especialmente indicada para quem curte um cicloturismo especialmente pela formação dos Campos Gerais onde se localizam grades crateras no terreno. As Furnas, denominadas por Maack (1956 e 1968) e Soares (1989) como poços de desabamento que apresentam dezenas de metros de diâmetro e profundidade que atingem mais de uma centena de metros. No município de Ponta Grossa são reconhecidas 13 furnas, mas destaca-se a ocorrência de diversas depressões no terreno e dolinas em formação, apresentando medidas inferiores a 10 metros de profundidade. Estas feições, como também outras geoformas do relevo, tais como: sumidouros e ressurgências (drenagem subterrânea); lagoas; túneis; caneluras; lapiés; bacias de dissolução (kamenitzas), alvéolos e túneis anastomosados, cúpulas e dutos de dissolução, espeleotemas, panelas e diversas cavidades subterrâneas, são consideradas como feições resultadas do processo de carstificação da rocha. A região dos Campos Gerais, situada no Segundo Planalto Paranaense, borda leste da Bacia Sedimentar do Paraná, apresenta várias feições no relevo desenvolvidas sobre os arenitos da Formação Furnas, o que explica tamanha beleza visual.
E nada melhor que uma bicicleta e boa disposição para visitar e conferir tudo isso de perto.
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