Em um futuro próximo caminhos lendários serão feitos de bicicleta e unirão o uso desse modal com a história dessas regiões, um exemplo disso pode ser uma rota de cicloturismo na Rota dos Tropeiros.
Ivan Mendes na Capela Nossa Senhora da Conceição do Tamanduá de 1730 em São Luiz do Purunã. Foto: Márcio Fernandes © Lobi Ciclotur
Antigas rotas permeiam o imaginário popular como verdadeiras epopeias de desbravadores em um mundo que havia muito para ser descoberto. Várias dessas rotas se tornaram lendárias, ou pela ousadia em desafiar a geografia, ou pela coragem em encarar distâncias enormes com vistas a alcançar algum objetivo importante, como o transporte de produtos, como é o caso da Rota da Seda, entre Europa e Ásia. No entanto, nos dias de hoje, quase não há caminhos a serem descobertos, o homem já conseguiu explorar praticamente todo o planeta.
Capela Santa Bárbara de 1729, parada estratégica no caminho das tropas. Foto: Ivan Mendes © Lobi Ciclotur
Contudo, se levarmos em consideração que as primeiras explorações humanas em quase a totalidade dessas rotas foram a pé ou a cavalo, podemos afirmar que há muito o que ser descoberto em cima de uma bicicleta. É lógico que há exemplos de caminhos que já se permitem ser feitos a pé ou de bicicleta, como o Caminho de Santiago de Compostela, na Europa, ou a Estrada Real, aqui no Brasil. Todavia, ainda há um universo de caminhos famosos a serem explorados sobre duas rodas movidas a energia pulmonar.
Um bom exemplo disso é a Rota dos Tropeiros, caminho de 4 mil quilômetros usado pelas tropas que levavam mulas de Viamão, no Rio Grande do Sul, até as feiras de Sorocaba, em São Paulo, nos séculos 18 e 19. Por ali passavam e descansavam as tropas, num roteiro que entra no Paraná por Rio Negro e segue para Campo do Tenente, Lapa, Balsa Nova, Campo Largo, Colombo e Araucária, de um lado, e, de outro, Porto Amazonas, Palmeira, Ponta Grossa, Carambeí, Castro, Tibagi, Telêmaco Borba, Piraí do Sul, para seguir por Jaguariaíva, Arapoti e Sengés e entrar no estado de São Paulo.
Nesse sentido, não seria utopia pensar em um mapeamento de cicloturismo na Rota dos Tropeiros para que ela pudesse ser feita de bicicleta. A princípio a ideia até parece loucura, mas se pararmos para pensar que ainda existem vestígios de um traçado original, onde atualmente estão, em sua maioria, estradas vicinais e que há um caminho lógico entre Rio Negro e Sengés, início e fim da Rota dos Tropeiros no Paraná, respectivamente, essa ideia passa a fazer mais sentido. O cicloturismo na Rota dos Tropeiros poderia, por exemplo, respeitar ao máximo os traçados originais e passar o mínimo possível por cidades, que, nesse caso, serviriam mais como pontos de apoio para descanso ou manutenção das bicicletas.
O mais legal é que a projeção dessa rota não seria pelo simples fato de que ela é Rota dos Tropeiros. Afinal, pelo traçado dela encontram-se importantes atrativos turísticos. A região conta com importantes atrações, para ficar só no Paraná, é possível ver as formações rochosas dos arenitos de Vila Velha, esculpidos pela água e pelo vento durante 350 milhões de anos; e o Cânion do Guartelá, o maior do Brasil, o sexto do mundo em extensão e o único com vegetação nativa, de acordo com o Guiness, o livro dos recordes.
Além disso, os tropeiros deixaram um grande legado gastronômico, que é conhecido nas cidades por onde a Rota passou, como o feijão tropeiro, arroz com carne seca (charque) e o conhecido carreteiro. Logo será possível desbravar a Rota dos Tropeiros exatamente como eles o fizeram, só que em cima de uma bicicleta, com caminhos muito bem demarcados e projetados para quem ama estar sobre duas rodas e sentir a brisa no rosto.
Edição, direção e produção: Ivan Mendes © Lobi Ciclotur – Texto: Tiago Piontekievicz
1 Comment
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Alexandre Mariano