Com vistas a promover cicloviagens no Sul do Brasil, foi lançada oficialmente no último dia 9 de maio, em Pelotas – RS, a 1° Via Ecológica de Cicloturismo da América Latina, reúne um conjunto seletivo de estradas e trilhas interconectando caminhos rurais, propriedades de experiência sustentável e cultura campesina, entrecortado por coxilhas, arroios, morros rupestres e planícies, preparados para receber o cicloturista e sua paixão.
Foto: Leandro Karam |
Este rincão contempla e concentra o maior número de propriedades de Agricultura Familiar da América Latina, muitas delas com sistema agroecológico. Ainda que poucos saibam, a Serra dos Tapes é componente da Serra do Sudeste, pertencente ao espetacular Bioma Pampa, circunscrito, no Brasil, ao Estado do Rio Grande do Sul.
Possivelmente, trata-se do mais bem protegido sistema de campos com zoneamento ecológico-econômico, seguindo vertentes sustentáveis de produção agroecológica e conservação da cultura autóctone e, em nossa perspectiva, os gestores e comunidades envolvidas nesta iniciativa estão fazendo cartilha para a enormidade de municípios brasileiros que ainda estão sobrevivendo aquém das suas potencialidades, visto que, todavia, não se descobriram cicloturísticos.
A idealização nasceu do sonho de nosso amigo Leandro Karam (o mesmo que criou o Movimento Pedal Curticeira e os Roteiros Agroecológicos em Pelotas e região, tema de dezenas de matérias em revistas nacionais deste segmento), ao dar visibilidade à vida que brota com viço nos interiores de terra e campo das cercanias pelotenses.
Composta por 114 km de estradas vicinais e trilhas, a Via Ecológica Serra dos Tapes convida e convoca ao lazer ativo, a um pedalar em plenitude entre as paisagens rusticanas tanto em Pelotas quanto em Morro Redondo, cidades pioneiras neste projeto e que saíram na frente de tantas outras ao promover tal gênero de experiência, como já dissemos, primeira e única na América Latina.
É possível perfazer a rede entremeada de caminhos da Via Ecológica Serra dos Tapes num cicloturismo diletante, sem pressa ou correria, razoavelmente em 3 dias e 2 noites, a fim de observar e absorver os ideais e princípios essenciais deste projeto, seja no momento de contemplação dos horizontes, ao saborear os saberes gastronômicos dos regionais descendentes das etnias tapes e charruas, afrodescendentes, portugueses, espanhóis, franceses, italianos, alemães, pomeranos, árabes, turcos e sírio-libaneses, ou uma bem-vinda mescla de todas elas.
Imagine, então, o que irá encontrar palmo-a-palmo por este caminho?
Pois bem, trata-se de um acúmulo centenário de cultura sobre a paisagem que o cicloturista terá ao alcance de suas pedaladas, vinculando o ciclovisitante às estâncias hospitaleiras de cada família envolvida na composição da Via.
Permacultura, produção de ovos orgânicos, bioconstrução, agrofloresta, agroindústria, agroecologia, trilhas interpretativas, enfim, são apenas algumas das experiências disponibilizadas ao cicloviajante.
Então, não perca tempo! Uma especial experiência aguarda por você, sua bike, seus amigos e familiares.
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Leandro Karam
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