Turismo em duas rodas
Existem diversas modalidades de viagem de cicloturismo, atividade em franca expansão. A viagem pode durar de um dia a vários meses e percorrer desde uma comunidade do interior até vários países; o circuito de cicloturismo pode ser cumprido sozinho, em dupla, em família ou em grandes grupos.
O ponto de partida pode ser alçado desde a própria bicicleta, de carro, de ônibus, de trem, de avião ou com o auxílio de carros-de-apoio de operadoras especializadas. O custo da viagem, ou os gastos de cada cicloturista, também são proporcionais à dimensão da aventura.
Cicloturismo e Negócios
O cicloturista “médio”, contudo, tem entre 30 e 45 anos de idade, pedala em pequenos grupos organizados durante até uma semana, transporta sua bicicleta no ônibus até o início do roteiro, hospeda-se em pousadas e gasta mais de 50 reais por dia. Porém, se usarmos como referência os cicloturistas europeus (em sua maioria alemães, espanhóis, franceses e ingleses), estaremos falando de pessoas que dispõem de muito tempo livre para realização de cicloviagens, podendo ausentar-se de seu domicílio por até 60 dias por ano.
Perfil do Cicloturista
Este perfil de cicloviajante escolhe pontualmente a estrutura de hospedagem, alimentação e serviços dentro de uma determinada região e trata de consumir seu tempo entre os deslocamentos, visitações a elementos culturais da oferta turística de cidades e vilarejos, degustações sem pressa da enogastronomia local, dedica-se a irrigar-se de conhecimentos autóctones e traduz sua experiência de viagem em mais uma colheita de conhecimentos usando as próprias forças do corpo e do espírito. Os valores disponibilizados para cumprir com estes momentos de integração cultural, contemplação e diletantismo chegam à casa dos U$ 270,00 diários.
Produtos e Serviços
Na Internet encontram-se várias comunidades e grupos de debate e centenas de blogs, páginas pessoais de cicloturistas e serviços de apoio e orientação ao cicloturismo. Relatos, fotos, filmes, mapas, roteiros com coordenadas geográficas, dicas para iniciantes, receitas culinárias, orientações mecânicas, pontos de venda de equipamentos e vestuário, informações de hospedagens e de serviços diversos são facilmente acessíveis na rede mundial de computadores.
Isso revela dois outros aspectos do cicloturista:
Geralmente ele possui boa instrução e relaciona-se constantemente com seus pares. O cicloturista frequentemente divulga suas aventuras, publica fotos, recomenda trilhas, fala bem – ou mal – dos serviços e da acolhida que encontrou pelo caminho. Isso é certo: muitas pessoas, interessadas ou não, ficarão sabendo onde e como foi cada viagem de cada cicloturista por se tratar de um grande formador de opinião qualificada.
15 motivos para preparar um circuito de cicloturismo no seu município.
1º A chegada de cicloturistas num local mobiliza meios de hospedagem locais como pousadas, hotéis, hotéis-fazenda, residências preparadas para servir hospitalidade, restaurantes bem característicos e de referência, artesanato, museus e casas de cultura, espetáculos, comércio, comunidades étnicas e pontos bem específicos da localidade.
2º Comunidades locais, como as existentes em meio rural, tendem a ganhar muito com a visitação de cicloturistas, já que eles encontram nestes meios situações pitorescas e traços culturais determinantes da organização daquelas populações. Enfim, todos os elementos necessários e atrativos ao circuito de cicloturismo. Há uma estimativa de que esse tipo de turismo aumente em 30% a renda de moradores da zona rural. Confira na matéria especial do Lobi clicando aqui.
3º As comunidades rurais e urbanas oferecem a oportunidade do cicloturista ter uma ótima experiência de turismo por serem a associação ideal e sustentável entre a natureza e a criatividade humana. Além disto, trata-se de receber a injeção de receitas distribuídas em vários pontos da comunidade, e não apenas em um ou outro meio de hospedagem. Da mesma forma, ao equalizar o consumo responsável e dinamizar os arranjos produtivos locais, fortalece a identidade cultural da localidade visitada, incidindo, prioritariamente, na troca de experiências substanciada pela hospitalidade.
4º Diferente de outros modais de turismo, o circuito de cicloturismo foca o consumo de produtos e serviços em bens e produtos regionais que vão desde o que é oferecido no café da manhã dos serviços de hospedagem, passando pela alimentação, artesanato e outros aspectos do patrimônio imaterial disponível. Grandes corporações de Turismo e afins, como redes de hotéis e companhias aéreas permanecem contemplando apenas o atendimento ao deslocamento entre a chegada e a partida dos usuários, permitindo assim que os personagens locais percebam receitas pelos serviços prestados aos cicloturistas durante a sua estada.
5º Pequenas empresas, pequenos produtores e prestadores de serviço locais/regionais fornecem seus produtos diretamente ao cicloturista, sem intermediações e atravessadores. Ou seja, o resultado comercial financeiro do cicloturismo fica nas mãos da comunidade e pode ser reinvestido nela mesma para a consolidação da oferta.
6º Os cicloturistas, geralmente, retornam várias vezes aos seus locais preferidos levando suas famílias, o que amplifica geométrica e significativamente a disposição ao consumo, o índice de consumação de tickets médios, a disseminação da localidade de forma espontânea e gratuita através das postagens em redes e mídias sociais.
7º É fato que o cicloturista queira consumir a comida típica e autêntica, ver e ter contato com o artesanato local, comprar produtos naturais nativos e interagir com as manifestações da cultura daquele espaço, como por exemplo, as atividades folclóricas;
8º O cicloturista tem como tendência indicar a visitação para muitos outros cicloturistas e gerar uma boa propaganda do local, como em blogs, sites, redes sociais;
9º Quando bem atendido, o cicloturista volta sempre. É notadamente um formador de opinião de altíssima qualidade, por se tratar também de um grupo de pessoas de excelente formação cultural, repertório de experiências de viagem invejável e, ainda, um amante da promoção e valorização cultural das comunidades por onde passa ou visita. Tudo isto gera um impacto socioeconômico e financeiro desejável, sem ao menos ferir ao meio ambiente por tratar-se de uma atividade que defende mananciais, flora e fauna nativos, traçados viários e, sem nenhuma surpresa, os referencias energéticos daqueles entornos.
10º As autoridades, prefeituras e entidades representativas não necessitam realizar investimentos vultuosos e específicos para o Circuito de Cicloturismo. Ao manter as vias de trânsito bem sinalizadas, conservadas e com tráfego controlado (velocidade condizente com a proteção à vida), atendem tanto ao cicloturista quanto à comunidade local que utiliza diariamente estes elementos do traçado urbano-rural para os mais diversos objetivos e fins.
11º Cicloviajar ou promover o uso indistinto e prioritário de bicicletas nas cidades tem sintonia direta com qualidade de vida da população, diminuição dos índices de obesidade e hipertensão dos habitantes, porque dialoga diretamente com a práticas de esporte, com a própria segurança urbana e, ainda, com a conservação do mobiliário público;
12º Fazer turismo em bicicleta é fácil, favorecendo que qualquer pessoa em condições de saúde possa pedalar no Circuito de Cicloturismo.
13º Nas comunidades receptoras, o Circuito de Cicloturismo pode servir como um gatilho para o cooperativismo e o associativismo.
14º Como o cicloturista realiza suas atividades em meio ambiente urbano e rural ou selvagem, a conservação ambiental é fomentada, inclusive chamando a atenção para áreas que podem estar em risco.
15º Para realizar o Circuito de Cicloturismo qualquer temporada é recomendada desde que não ofereça risco à segurança do ciclista. Chuva e frio ou calor em excesso não são condicionantes limitantes para o cicloturista, ao contrário, são parte componente das experiências e das memórias que renderão muitas histórias nos seus grupos familiares e de amigos, além das postagens nas redes sociais espontâneas.
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Diante dessas potencialidades e tendências, o Lobi surgiu com o objetivo de promover caminhos cicláveis para “Cicloaventuristas” e Cicloturistas conhecerem os melhores lugares para passear e se aventurar de bicicleta, oferecendo todas as condições para que a experiência seja a melhor possível no Circuito de Cicloturismo. Estas condições são ainda mais específicas diante daqueles ciclistas que apreciam pedalar em trilhas alternativas ainda mais integradas à natureza. O Lobi é o resultado de anos de prática em “mountain bike” e turismo ecológico acumulando milhares de quilômetros pedalados “on and off road”.
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