Depois da assinatura de dois decretos, 4,65 mil hectares aumentam a área de proteção ambiental da Mata Atlântica em Paranaguá, no Litoral do Estado. Um decreto criou o Parque Estadual do Palmito e o outro aumentou a área da Estação Ecológica Guaraguaçu. As unidades são integradas, formam um corredor ambiental e são, ambas gerenciadas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Paranaguá, 05/06/2017.Foto: Jaelson Lucas/ANPr |
PROTEÇÃO INTEGRAL – Até agora, o parque estadual estava na categoria de floresta, pela qual é permitido o uso sustentável – ou seja, é possível conciliar a conservação do meio ambiente com o uso de recursos naturais existentes. Com a mudança para parque estadual, a unidade se torna área de proteção integral, sendo permitido, apenas, o uso indireto dos seus recursos naturais, como em pesquisas científicas e no turismo ecológico, por exemplo.
Além de garantir a proteção integral, o decreto ampliou em 1,26 mil hectares a área de conservação do parque, que passa agora para um total de 1,78 mil hectares.
Richa ressaltou que com os dois decretos, a área protegida, somada as duas unidades, é mais que triplicada. Ela passa de 1,86 mil para 6,51 mil hectares. “Aqui temos biodiversidade, florestas, riachos, restingas e mangues. Essa ação é uma prova concreta de que é possível conciliar o desenvolvimento econômico do Estado com a proteção do meio ambiente”, afirmou Richa.
O governador Beto Richa assinou nesta segunda-feira, 5 de Junho, Dia Mundial do Ambiente, dois decretos que ampliam em 4,65 mil hectares a área de proteção ambiental da Mata Atlântica em Paranaguá, no Litoral do Estado. Um decreto criou o Parque Estadual do Palmito e o outro aumentou a área da Estação Ecológica Guaraguaçu. As unidades são integradas, formam um corredor ambiental e são, ambas gerenciadas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Paranaguá, 05/06/2017.Foto: Jaelson Lucas/ANPr |
O secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Antônio Carlos Bonetti, ressaltou a proteção integral do parque. “Agora essa área será utilizada para conscientização e conservação. Não poderá mais haver nenhum tipo de extração. Isso é um ganho muito importante”, afirmou.
Com a ampliação das áreas, aumenta, também, o ICMS Ecológico de Paranaguá. O prefeito Marcelo Roque ressaltou esse resultado para o município, que poderá segundo ele ampliar os investimentos. “Isso é importante para Paranaguá e para todo o Litoral. O parque também é mais um atrativo turístico para a cidade”, disse Roque.
GUARAGUAÇU – A Estação Ecológica de Guaraguaçu teve sua área de conservação ampliada 1,34 mil 4,73 mil hectares. O ganho é de 3.39 mil hectares. A unidade foi criada em 1992 e protege florestas de terras baixas, de restingas, manguezais e áreas com a árvore caxeta – espécie típica da faixa litorânea. O principal objetivo das estações ecológicas é a preservação da natureza, aliada à realização de pesquisas científicas. Por isso, o local não é aberto para visitação ao público, apenas para pesquisas e projetos educacionais previamente autorizados pelo IAP.
Área inibe a exploração predatória do palmito e é aberta à visitação
A Floresta Estadual do Palmito, agora transformada em Parque Estadual, foi criada em junho de 1998 para diminuir a exploração ilegal e predatória do palmito juçara, garantir a sustentabilidade local da espécie e proporcionar uma opção de lazer à população. A principal atração do local são as trilhas ecológicas. Uma delas é a estrada com 6,5 quilômetros, que passa no interior da unidade de conservação e chega até ao Rio dos Correais.
Ao longo da estrada é possível observar, além do palmito, a vegetação composta por várias espécies de árvores de grande porte e ambientes formados por orquídeas e bromélias. Entre as espécies da fauna nativa estão o cachorro-do-mato, tamanduá-mirim, gato-do-mato-pequeno e outras.