Em 2011, o Paraná registrou 3.387 vítimas fatais por causa dos acidentes. Em 2015, foram 2.694. “É uma redução importante, que nos aponta os caminhos a seguir”, afirma o diretor-geral do DetranPR, Marcos Traad. “Nestes cinco anos, as leis ficaram mais rigorosas, investimos mais em educação para o trânsito e tivemos inciativas importantes que uniram Governo Federal, Estadual e municípios”, destaca.
Segundo ele, entretanto, ainda não há o que comemorar. “Não existe um número aceitável de mortes no trânsito e devemos pensar que cada uma delas poderia ser evitada”, completa.
Entre os Estados com maior frota de veículos, o Paraná só teve redução abaixo de São Paulo (-21% no período), Minas Gerais registrou queda de 15% e Rio de Janeiro 20%.
DADOS – De acordo com o DataSUS, em 2015, a maioria das vítimas fatais foram passageiro ou condutor de automóveis e camionetes: foram 786 mortos. Os motociclistas aparecem em seguida, sendo 661 das vítimas fatais. Também chamam a atenção os números de mortes de pedestres (532), ciclistas (110) e passageiros ou condutores de veículos pesados, como caminhão e ônibus (137).
“Em seis anos, o Governo do Estado ampliou a retaguarda para o atendimento de urgência e emergência com o reforço do transporte aéreo e terrestre. Mas só com medidas de educação, prevenção e trabalho integrado vamos poder reduzir as mortes no trânsito” destacou o coordenador da Rede Paraná Urgência, Vinicius Filipak
CIDADES – Curitiba teve o maior número de mortos em decorrência de acidentes, em 2015, no Estado. A capital registrou 196 vítimas fatais. Londrina teve 167 mortes e em Maringá foram 97. Outras cidades com dados preocupantes foram Cascavel (95 mortes), Ponta Grossa (88), Campo Mourão (64), Umuarama (60), Foz do Iguaçu (58), Toledo (55), Guarapuava (54) e Arapongas (51).
Apucarana, com 48 óbitos, Paranaguá (47), Francisco Beltrão (45) e São José dos Pinhais (42) também estão entre os municípios com mais ocorrências.
FERIDOS – O DataSUS apresenta também os números de vítimas não fatais e os valores gastos com internações. Entre 2011 e 2015, foram 51.379 feridos no Estado e o valor total gasto no período, com custos hospitalares no SUS, ultrapassou os R$ 76 milhões.