Usuários do BikePoa esperam melhorias para uso do aplicativo

Com o anúncio da empresa vencedora da licitação para o BikePoa, a Samba Transportes Sustentáveis, do grupo Serttel (Recife), no inicio de maio, a prefeitura de Porto Alegre acredita solucionar alguns dos problemas do sistema de empréstimo e aluguel de bicicletas. Além da promessa do funcionamento de 400 bicicletas ao mesmo tempo, as 40 estações terão sinal de internet gratuito.

Inaugurado em 2012, o sistema de empréstimo e aluguel de bicicletas da prefeitura foi adotado por uma grande parcela da população que, entretanto, aponta diversos problemas. Usado para lazer, exercício físico ou meio de transporte, a bicicleta se tornou vital nos centros de maior concentração populacional de Porto Alegre.

Há quem utilize o BikePoa como meio de transporte entre o trabalho e a faculdade. Suélen Flores, que estuda na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, faz o trajeto entre o Forum Central de Porto Alegre e o campus do Centro da UFRGS, todos os dias, usando o serviço.

Apesar de se declarar “otimista” quanto à utilização do aplicativo, Suélen relata dificuldades que já enfrentou no sistema. “Já cheguei a fazer onze ligações para a central em um só dia. Primeiramente, a retirada na estação do Praia de Belas não funcionou. Depois, o aplicativo não processou a devolução – na estação do Bom Fim. O tempo continuou correndo e, após uma hora, o serviço é pago”, disse. Além disso, a estudante sente falta de uma ciclovia direta até o centro da cidade.

Enquanto isso, Jamille Silva utiliza as bicicletas do BikePoa para praticar exercícios físicos. Ela relata diversos problemas na estação 12, localizada na frente ao shopping Praia de Belas. “Quando há bicicletas na estação, é impossível retirá-las. O sistema está sempre em manutenção”, reclamou. No momento da entrevista, Jamille ficou cerca de 15 minutos tentando retornar um equipamento. O sistema não registrava devoluções.

Um dos responsáveis pelo remanejamento e reposição do BikePoa, Jeferson Egers explica que, ao contrário do que os usuários pensam, o principal problema do serviço não se encontra no sistema. “Os usuários pensam que o problema é na frequência de manutenção, ou no sistema, mas a dificuldade se encontra no vandalismo”, ressaltou.

Egers relatou, também, que a tentativa de furto das bicicletas entorta as entradas das estações, dificultando a retirada e devolução dos equipamentos. Além disso, muitas bicicletas são perdidas por terem o quadro danificado pelos vândalos. “As estações que apresentam mais problemas são a do Praia de Belas, Bom Fim e Redenção”, classificou.

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